Resenha: Procura-se um marido – Carina Rissi.

Sinopse:

Alicia sabe curtir a vida. Já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louca pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família. Após a morte do avô, ela vê sua vida ruir com a abertura do testamento. Vô Narciso a excluiu da herança, alegando que a neta não tem maturidade suficiente para assumir seu império – a não ser, é claro, que esteja devidamente casada.

Alicia se recusa a casar, está muito bem solteira e assim pretende permanecer. Então, decide burlar o testamento com um plano maluco e audacioso, colocando um anúncio no jornal em busca de um marido de aluguel.

Diversos candidatos respondem ao anúncio, mas apenas um deles será capaz de fazer o coração de Alicia bater mais rápido, transformando sua vida de maneiras que ela jamais imaginou.

Cheio de humor, aventura, paixão e emoções intensas, Procura-se um marido vai fisgar você até a última linha.

Resenha:

Não é segredo pra ninguém que eu não sou fã de romances ( sim, não os suporto) mas encontrava-me em casa no meio das férias sem nada pra fazer e resolvi dar uma fuçada nos meus arquivos no pc quando encontro esse livro, e o pensamento foi “Por que não?”. Bom, pra uma pessoa que não curte romances como eu, ler esse livro em uma única noite foi uma grande surpresa, e a ressaca junto com a leve depressão que veio quando terminei também. Mas vamos direto ao assunto: o livro.

Alicia tem 24 anos, mas atitudes de 16, sem nenhuma noção de responsabilidades e da vida como ela é de repente cai de paraquedas numa situação trágica: seu avô morre e em seu testamento diz que Alicia só terá direito a sua herança quando estiver casada no mínimo um ano. Furiosa, magoada e sem um tostão no bolso ela passa de garotinha mimada e festeira para uma assalariada que tem que se desdobrar para que seu salario renda. Então é quando ela e sua melhor amiga Mari tem a ideia genial e perigosa de colocar um anúncio no jornal procurando um marido de aluguel. Entre candidatos cheios de caspas cheirando a naftalina e drogados com antecedentes criminais assustadores, aparece Maximus *suspiros eternos* ou só Max, o colega de trabalho de Alicia que sempre implica com ela. Acordo feito e alguns dias depois os dois estão casados, e é ai que o pega pá capá começa. Alicia não resiste e já que Max é um Maximus (desculpem, não podia deixar de fazer esse trocadilho besta) ela se apaixona por ele. Mas se você pensa que tudo acaba ai e que a historia é bem previsível...Vocês estão totalmente equivocados! Muita coisa acontece ainda, que não falarei aqui por motivos de: não sei como fazer sem dar spoilers. Algumas coisas hilárias, outras desconcertantes, desesperadoras e chocantes aconteceram, mas uma coisa é certeza, vocês não ficaram entediados com esse livro.

Opinião:

Acho que ficou bem claro o quanto eu amei esse livro né? Pois bem, uma das coisas que me encantou foi o fato dele não ser obvio e clichê como a maioria dos romances, cada pagina uma surpresa que leva a história por rumos totalmente diferentes do que foi imaginado. Alicia é simplesmente hilária, meio maluca, mas irá arrancar boas risadas com suas peripécias e diálogos internos. Max *mais suspiros* como descreve-lo? Simplesmente perfeito, quero um pra mim, ele com certeza está no meu top 10 de personagens com quem casaria. Devo dizer que quando terminei o livro parecia que meu mundo não tinha mais sentido, e que tudo parecia meio sem sal. Espero que vocês leiam e depois comentem se gostaram ou não e suas impressões sobre a história.

Frases do livro que me chamaram atenção (e me divertiram muito):

“Você precisa é de um bom homem ao seu lado. Alguém que lhe mostre o verdadeiro sentido da vida. Precisa de um marido.”

“Max era uma incógnita para mim. Às vezes, como naquele momento, me tocava sem que eu precisasse recorrer a subterfúgios. Em outras, dava mais trabalho que cabelo alisado com chapinha em dia de chuva.”

“Seus lábios deslizaram para o meu pescoço, os dentes provando minha pele e me deixando em chamas. Sua boca alcançou minha orelha e mordiscou o lóbulo já sensível, me fazendo tremer. - Os sonhos mudam, Alicia - ele sussurrou. [...] - O meu mudou.”

 “(...). É ruim quando você não vai para o mesmo lugar que eu, e sou obrigada a enfrentar o ônibus. Deslumbrada, vi seus lábios se esticarem e se curvarem num sorriso sobre os dentes perfeitos, os olhos brilhando feito caleidoscópios, fazendo meu pulso acelerar. - Então não vá pra longe de mim, Alicia.”

“— Mari aconteceu uma catástrofe! — chorei ao telefone.

— Ah, não! O que foi? Você está bem? Claro que não está bem, que pergunta imbecil! Você está ferida? O que aconteceu? Fala criatura! — cuspiu ela, sem parar para respirar.

— Me apaixonei pelo meu marido.”

“Acho que... é hora de ser corajosa e encarar o bicho-papão - tentei sorrir. [...]. - Ah, se o bicho-papão for lindo desse jeito, vou rezar para que ele venha me assustar todas as noites.”