Cidades de papel.

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Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

Resumo: Quentin é um garoto prestes a se formar, com um ótimo histórico escolar, uma vida comum, e boas expectativas de vida. Quando Margo Roth Spielgelman invade sua janela em uma noite como todas as outras, Quentin se deixa levar pela ideia de ter sua melhor amiga de infância de volta. Mas suas vidas já foram mudadas há muitas manhãs, quando, em uma volta no parque, ambos encontram um homem que cometeu suicídio. Esta imagem é a que fica na mente dos dois, e é a responsável pela maior parte de suas escolhas. Quando Margo desaparece, Quentin se vê correndo contra o tempo e mantendo a esperança de encontra-la viva.
“Talvez ela gostasse de mistérios, que acabou por se tornar um.”

Personagens: Como não se apaixonar por Margo Roth Spielgelman? A menina criativa, engraçada, inteligente e extremamente infeliz que tenta de todas as maneiras chamar a atenção. Margo é uma caricatura da adolescência atual, deixada de lado pelos pais encontra o carinho que necessita nos braços dos seus amigos superficiais e egoístas. Ela está sempre tentando, de alguma forma, deixar sua marca no mundo em que vive, ou como ela mesma diz, riscar a bolha que todos estamos condicionados a ficar presos.  Já Quentin é um garoto muito amado pelos pais, que tem poucos, porém fieis amigos e que costuma sentir falta da Margo que conhecia. Quentin é tímido, covarde, inteligente, porém extremamente fiel. Ele prova sua fidelidade a Margo tantas vezes, que suas escolhas no final me surpreendem.

Minha opinião: Sem sombras de dúvidas “Cidades de papel” é o melhor livro de John Green. Crítico, realista e extremamente instigante, nos faz pensar e repensar sobre nossos valores. Q, e Margo tem suas vidas modificadas quando ainda são crianças, no exato momento que encontram uma vítima de suicídio, enquanto um deixa de lado e segue com sua vida, a outra se pôs a descobrir fatos sobre o morto e tentar, de alguma forma, entender o por quê ele chegou a tal ponto. Quando a verdade se revela a ela, a garota decide que não quer morrer, nem viver, como o homem do parque. Anos se passam até que Margo Roth Spielgelman se torne o maior mistério da vida de Q, fazendo-o largar tudo o que importa para ir atrás da única garota que já amou. Eu, como alguém que não gosta dos livros do Green, me surpreendi com “Cidades de papel”, pois nunca pensei que ele fosse capaz de escrever uma história real, com pessoas reais, sem usar sensacionalismo barato ou algo que está em alto, como romances clichês e homossexualismo. Conforme eu lia, me apaixonava cada vez mais por Margo e Q. Confesso que até cheguei a ter uma discussão com Q sobre a capacidade dele de deixar a garota dos sonhos ir embora, sem ao menos fazer algo. Mas qualquer briguinha besta que eu pude ter com os personagens acabou no momento em que eu terminei de ler o livro. John Green finalizou este romance com uma surpresa real, algo que poderia muito bem acontecer, e que seria muito mais compreensível vindo de alguém tão determinada quanto Margo.•.
O que mais se destaca no livro: Os personagens bem elaborados que acabam, de certa forma, criando vida. Os cenários foram tão bem descritos que em alguns momentos você se sente dentro do livro. Mas, com toda a certeza, o que faz com que o livro se torne tão bom é o enredo magnífico e surpreendente.

Bem escrito, maravilhosamente elaborado e completamente cativante, mostra ao leitor o verdadeiro significado de “Cidades de papel”.

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