22 de junho de 2014

Os 13 porquês.

Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra um misterioso pacote com várias fitas cassetes. Ele ouve as gravações e se dá conta de que foram feitas por uma colega de classe que cometeu suicídio duas semanas antes. Nas fitas, ela explica que 13 motivos a levaram à decisão de se matar. Clay é um deles. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.

Resumo: Clay Jensen recebe um embrulho um tanto estranho, ao abrir encontra 7 fitas, com 13 lados, marcadas com números em cada lado, e a 7 só tem um 13. Isso o intriga, quando começa a ouvir as fitas a voz de Hannah Baker, uma colega de classe que se suicidou a duas semanas, invade seus ouvidos e o deixa em pânico. Mas antes que ele possa desligar, ela lhe diz que seu nome está naquelas fitas e que ele deveria ouvir até o fim para saber o porquê.

Personagens: Hannah Baker, a garota suicida. Confesso que comecei o livro odiando-a e julgando-a por se suicidar, não que eu nunca tenha pensado em suicídio, mas porquê não entendia como alguém podia optar por ele. Mas foi virando as páginas que eu percebi que eu conheci uma Hannah, que eu já fui uma. Hannah é uma menina normal que tudo o que deseja é se encaixar na escola nova, porém um erro gera outro erro, e isso desencadeia uma bola de neve de enormes proporções. Quando ela se vê sozinha, mal falada, e sem opções, seu cérebro praticamente berra fazendo-a optar pelo suicídio. Mas ela não queria morrer de verdade, ela queria que alguém lhe desse opções e quando isso não ocorreu, ela foi encontrada em seu quarto, morta. Já Clay Jensen é um garoto, de certa forma, popular, bonito, e que nunca está sozinho. Clay se dá bem com quase todo mundo do colégio, e nunca arruma briga, tem notas razoáveis, e amigos fieis. O que os dois podem ter em comum? Talvez, somente a verdadeira história de Hannah Baker.

Minha opinião: “Os treze porquês” se tornou, sem dúvida nenhuma, meu livro favorito, após “Marina”. Como não se encantar por Hannah? Ou por Clay? Como não se ver tentando, em vão, salvar a vida de Hannah? É isso o que este livro faz, te prende aos personagens, te faz se tornar os personagens. Li desesperadamente, ansiando pelo final e quando cheguei nele, me surpreendi com o desfecho emocionante que Jay deu aos nossos queridos e amados personagens. Em minha opinião, Jay escreve maravilhosamente bem para um autor de primeira viagem, ele faz a junção perfeita de drama adolescente, romance, e comédia, nos fazendo rir e chorar na medida certa. Ele também conseguiu me deixar totalmente encantada por Hannah e me apaixonar por Clay, o que não é uma coisa difícil, porém maravilhosa. Bem escrito, bem formulado, com problemas reais e personagens mais reais ainda, faz com que fiquemos presos até a última página, e para melhorar, esqueça as frases clichês. Jay Asher revolucionou com frases que emocionam e nos fazem pensar sobre tudo o que vivemos e amamos.

O que mais se destaca no livro: Além da escrita perfeita e do enredo cativante? Acho que a maneira como os personagens foram desenvolvidos, nos fazendo crer que eles são reais. 

“Uma pessimista? Uma otimista? Nenhuma das alternativas. Uma idiota.”

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