É oficial, a partir desse momento convido todos os blogueiros e leitores que acompanham meu blog a aderirem essa campanha. Convido-te a colocar essa foto na lateral do seu blog e criar um post com o nome “Stop bullying”, conte sua experiência com esse tipo de agressão e diga as pessoas a sua opinião sobre isso.
Nós, blogueiros, somos formadores de opinião, temos que usar isso ao favor dessa nação. Portanto, pare o que está fazendo e faça a sua parte para contribuir contra essa “brincadeira” que não tem a mínima graça:
A minha experiência com o bullying é a pior possível. Desde pequena minha tia tem um jeitinho especial de me fazer sentir a pior das criaturas, pois enquanto eu sou gorda, e desengonçada, a filha dela é uma típica lady. Pois bem, quando pequena aceitava as agressões da minha tia como corretas. Achava que ela estava certa, eu era uma gorda horrorosa que merecia aquilo, merecia ser chamada de balofa, bola, monstro e todos os adjetivos que ela conseguia pensar.
Na escola em que estudava, era chamada de pão de queijo, por ser gorda e extremamente branca. No começo eu achava graça em ser chamada assim, mas com o tempo se tornou cansativo e irritante, as brincadeiras não pararam no pão de queijo e continuaram com coisas piores.
Na quarta série entrei numa briga e arranhei o rosto de uma colega de classe, pois ela estava me insultando e eu ignorava até que ela me chamou de “filha de boqueteira”, naquela época eu não sabia o que isso significava, mas sabia que era algo muito ruim.
Como era meu último ano naquele colégio, meus pais deixaram quieto.
Nas férias do ano seguinte, nós nos mudamos para um bairro vizinho, mas eu fui transferida para o fundamental ciclo II da escola do bairro anterior. Foi ai que tudo saiu do controle. Eu tinha 10 anos e se hoje em dia sou infantil, naquela época era muito pior! Sou extremamente tímida, portanto evitava olhar nos olhos das pessoas ou se quer puxar assunto. Eu tinha duas amigas naquela época, a Ana Beatriz e a Amanda. Ana Beatriz não tardou a fazer amigas na nova escola e fingir que não me conhecia, em pouco tempo ela começou a praticar bullying contra mim ou permitir que os seus amigos praticassem. Nessa época eu e Amanda jogávamos um jogo online chamado Neopets, eu e ela tínhamos uma conta conjunta, numa briga nossa eu hackeei a conta. Admito que minha atitude foi infantil, egoísta e trapaceira, mas o que aconteceu após isso foi mil vezes pior.
Eu estudava em uma sala onde desde o início fui odiada, eu era o saco de pancadas de todos, e ninguém perdia a chance de me insultar e me humilhar por ser a que sentava na frente, a “puxa saco” dos professores, a nerd. Naquela época, eu não sabia lidar com as críticas e me ofendia com tudo de ruim destinado a mim. Logo no primeiro bimestre entrei numa briga com a “Valentona” da sala, eu nunca aceitei que falassem mal minha mãe e ela chamou a minha mãe de puta, aquilo me enfureceu. Nós duas brigamos feio, mas eu era pequena, gorda e lerda, portanto apanhei muito. Para piorar minha situação, a diretora chegou no exato momento que eu havia conseguido derrubar a garota, quando ela tentou levantar eu a empurrei com o pé para conseguir ganhar tempo e pedir ajuda, mas era tarde.
Segundo a diretora, eu era uma baderneira, minha mãe estava totalmente enganada sobre a filha que tinha e que meu comportamento não seria tolerado naquela escola, eu preciso dizer o quanto minha mãe se enraiveceu?
Eu nunca a vi tão brava! Mas mal sabia ela que aquele era só o início de um ano doloroso. Após aquela briga, a garota não podia mais me provocar, portanto começou a usar as amigas para fazerem isso. Elas me insultavam, me empurravam, me humilhavam, e até chegaram a me encurralar no banheiro e jogar meus materiais no chão.
Eram sempre os mesmos insultos: Idiota, gorda, ridícula, bola, nojenta, porca, feia, projeto de botijão, baleia orca, free willy. E a cada vez que eu recebia um insulto desses me fechava mais e mais numa bolha imaginária. Eu não tinha amigas, Ana Beatriz ajudaria a me bater se as amigas pedissem e a Amanda me odiava. Portanto eu estava sozinha em uma situação amedrontadora.
No intervalo, eu me escondia na quadra para que elas não me encontrassem e voltassem a me insultar, era esse tempo que eu usava para não perder o controle. Até que um dia elas me encontraram, o pior não foi isso, o pior foi ver a Amanda ouvir tudo e não me ajudar, não me defender. O que era um jogo comparado a melhor, ou ex melhor amiga dela sendo agredida verbal e psicologicamente?
Meu ponto de ruptura foi o dia em que eu estava sentada com o meu grupo, as únicas pessoas que falavam comigo, para fazer um trabalho, e a professora saiu da sala por vinte minutos. Duas garotas da minha sala vieram, viraram minha mesa, começaram a chutar meus materiais enquanto eu tentava pega-los e ficaram me humilhando e me insultando. Eu não me lembro de muito do que aconteceu, mas eu me lembro de berrar, eu berrei o suficiente para a diretora vir ver o que estava acontecendo. Ninguém da sala atreveu a dizer que foi eu que gritei, pois sabiam que eu levaria a elas e que se elas fossem para a diretoria, todos iriam acabar “pagando”.
Naquele dia eu cheguei da escola e jurei nunca mais voltar. Eu não queria ter que ver aquelas pessoas novamente, não queria enfrenta-las. Não queria ter que ouvir coisas sobre mim que machucavam. E sabe qual é o pior?
Eu não sabia o porquê todos me odiavam tanto.
A partir desse momento uma coisa que acontecia há meses começou a se tornar cotidiano, eu parei de querer viver. A garota que antes era o exemplo da classe começou a inventar motivos para faltar, inventava doenças, e quando ia, se sentava na primeira cadeira e fingia que era surda.
Eu queria mais do que tudo morrer. Imaginem uma criança de 10/11 anos desejar morrer. Aos poucos eu comecei a me odiar, por que não? Se todos me odiavam tanto por que eu própria não me odiaria? O que eu não sabia era que as pessoas não me odiavam, mas sentiam prazer em saber que me afetavam. Ninguém naquela escola me conhecia bem o suficiente para me odiar, mas eles me conheciam o suficiente para saber que suas ofensas me afetavam e machucavam e era isso que os motivavam a continuar.
O bullying não passa de uma “brincadeira” de pessoas fracas e fúteis que precisam se sentir melhor que os outros, para isso eles ofendem, machucam, magoam e até matam o outro. O bullying pode ser uma ofensa simples feita a alguém, ou uma perseguição de proporções enormes. A verdade é que ninguém nunca comete bullying sozinho, o agressor sempre está acompanhado de pessoas que acham graça de suas brincadeiras e por isso sempre irá cometê-las.
Ninguém é perfeito ou imune contra isso, mas algumas pessoas conseguem lidar melhores que as outras. Antigamente, eu seria capaz de me machucar por algo que ouvia de outras pessoas, hoje em dia sei ignorar. Aprendi da pior maneira, mas aprendi.
Se você sofre bullying o que vou dizer agora irá doer, mas é a mais pura verdade: VOCÊ É O ÚNICO CAUSADOR DISSO.
Não por que você seja quem é, mas por que você se importa!
Se alguém te ofende de alguma maneira, você não tem que aceitar, concordar ou se quer cogitar a ideia, você só tem que fazer uma pergunta: O que isso muda na vida da pessoa?
Quem você é ou deixa de ser não interfere na vida de ninguém, assim como o que as pessoas são não interfere na sua. A partir do momento que você diz algo, você se torna responsável pelas consequências do que diz, assim como quando você escuta algo e se importa.
Eu não posso mudar o fato de que existem pessoas que te odeiam, nem você é capaz de mudar isso, mas você pode ignorar! O que ela disser ou pensar sobre você, não importa, pois as únicas opiniões realmente importantes são as das pessoas que te amam.
E acredite, se alguém te ofende, te agride e tenta fazer com que outras pessoas façam o mesmo é por que a pessoa sabe que você tem algo que te torna diferente e superior a ela. Portanto, não se deixe abater com ofensas, levante a cabeça, e diga a si mesmo que não importa o que outros digam, a única opinião que importa é a sua.
Se você sofre agressões verbais, físicas, psicológicas ou virtuais, peça ajuda! Você não pode se calar, não pode deixar que alguém saia impune disso, ninguém pode te dizer quem você é ou deixa de ser, só você mesmo. Então, por favor, não deixe que as pessoas te ofendam, peça ajuda, leve ao tribunal se for necessário, mas faça a sua parte para que o mundo veja que essa brincadeira não tem a mínima graça.
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