30 de janeiro de 2014

72 horas para morrer.

72 Horas Para Morrer
Pior do que conhecer um Serial Killer, é um Serial Killer conhecer você! “O Carro pertence à sua namorada.” Com essas palavras, Júlio Fontana, delegado da pacata cidade de Novo Salto, tem a vida transformada em um inferno. Pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas, como parte de uma fria e sórdida vingança contra ele. Agora, Júlio terá que descobrir a identidade do responsável por esses crimes bárbaros, antes que sua única filha se torne o próximo nome riscado da lista. 72 Horas para Morrer é uma corrida frenética contra o tempo, que prenderá o leitor do início ao fim.


Resumo: Júlio Fontana é o delegado de uma pacata cidade do interior, sua vida tem uma brusca virada quando sua noiva, Agatha, desaparece misteriosamente, após entrar em uma brusca frenética ele descobre que Agatha foi brutalmente assassinada e que o assassino não pretende parar tão cedo. Qual a motivação do crime? Difícil dizer, mas a única que Júlio tem certeza é que terá que correr contra o tempo para salvar as pessoas que amam e parar esse cruel assassino.

Personagens: Júlio Fontana é um homem de quase 50 anos, aparentemente calmo e controlado que exerce o cargo de delegado na cidade em que vive com sua filha Laura. Acho que o personagem só mostra realmente quem é após perder a segunda pessoa que lhe era importante, Júlio é um homem inconsequente, imaturo e agressivo, ele não consegue lidar nem com seus próprios sentimentos, quanto mais com os da filha, Laura, que é uma garota de 18 anos mimada, arrogante e volátil. Laura foi uma surpresa desagradável, desde o início do livro senti repulsa por essa personagem, mas descobrir o quão manipulável Laura é, fez com que eu desejasse sua morte desesperadamente. Miguel Romero ou Adam Rios é um misterioso, com um passado, digamos, sanguinário. Miguel/Adam passou anos e anos na cadeia por assassinar uma amiga e amor da vida do seu melhor amigo, este com toda certeza é a maior surpresa do livro, será difícil saber se Miguel/Adam é realmente culpado ou não. E por fim, Paulo Carvalho, o grande e generoso padre da pequena cidade e amigo de infância de Miguel e Júlio. Paulo aparentemente é o único elo entre os dois, mas logo descobriremos que na verdade a vida uniu os três a anos. Paulo aparentemente é um homem bondoso e carismático, que dedica sua vida a pregar a palavra de Deus e ajudar os que precisam. Mas como nesse livro nada é o que parece, prepare-se para se surpreender!

Principais cenários: O único cenário principal existente nessa história é a casa onde tudo começou e terminou. A casa da Rua Nobleman, um casebre onde vivia Alicia Rios, uma mulher sozinha e solitária que colecionava garrafas. Aparentemente não existe nada de diferente nesse casebre, mas será nele que assassinatos irão acontecer e somente nesta casa Júlio será capaz de descobrir toda a verdade.

Minha opinião: Confesso, comecei a leitura com muitas expectativas e acabei sendo 
desapontada em algumas. Eu tenho uma terrível mania de achar que os autores brasileiros tem que escrever livros magníficos para mostrar ao mundo que o Brasil não é bom somente no futebol, então me atirei de cabeça pensando que me depararia com um livro ao melhor estilo Sidney Sheldon e confesso que quebrei a cara. Primeiro, o autor tem seu estilo próprio que não se compara a nenhum outro autor. Segundo, diferente de muitos escritores, Ragazzo não se aprofundou nos personagens, nem mesmo no principal. Terceiro, ele tem um modo de escrita irreverente e de certa forma engraçado, que nos faz rir até nos momentos mais tensos. É uma história que te prende e te deixa eletrizada, e acabei lendo o livro em uma madrugada, não consegui dormir enquanto não descobri qual seria o final do nosso tão odiado Júlio, e isso contribuiu para que eu odiasse o final com todas as minhas forças. Em minha opinião, o autor tem capacidade para melhorar esse livro! A história é maravilhosa, a escrita é realmente muito boa, mas os personagens e o final precisam ser melhorados, os sentimentos e ações de Júlio precisam ser trabalhados de uma maneira mais clara, e com certeza uma história dessas precisa de um final tão bom quanto ela mesma.

O que mais se destaca no livro:  Além da criatividade extraordinária do autor que acaba extrapolando os limites? A gramática impecável, a narrativa que nos mostra diferentes pontos de vistas! O que favoreceu para que eu gostasse desse livro foi o fato de conter narrativa em 1ª e 3ª pessoa, traduzindo, você tem não só a visão do delegado incrivelmente inconsequente, como a visão de um narrador que não participa em nada da história.

72 horas para morrer é um daqueles livros que você lê quando está entendiado, pois o jogo psicótico que esse livro contém faz com que seu tempo seja gasto de uma maneira deliciosa, e muito macabra.

5 comentários:

  1. Admito que sua resenha me deixou um pouco confusa hahaha Gostei pra caramba do plot, agora não sei se leio ou não, porque seus comentários sobre o desenvolvimento do personagem me deixaram com um pé atrás. Personagens são minha parte favorita dos livros, eles podem dar a palavra final da minha decisão de gostar do livro ou odiá-lo. Mas ainda assim me parece uma história super interessante. Boa resenha, beijos!

    http://poucosutil.blogspot.com

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    1. Eu sei, me perdoe, mas sou a confusão em pessoa. HAHAHAHAHA
      Olha, recomendo, leia! O livro em si é bom!!!
      Beeeeeeesos.

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  2. Annie, gostei muito da sua resenha. Também acabei de resenhar um livro do Ricardo Ragazzo. Encontrei algumas coisas controversas também. Espero que vc também goste da minha. Beijos! Seguindo e curtindo!
    www.viagensesquizofrenicasalua.blogspot.com.br

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    1. Ai Obrigada Luazinha <333
      Vou ler, awn <333333333333333333333
      Besos, te sigo a vidas luz.

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  3. Adorei, Annie, mas eu achei que você gostaria mais do livro.
    Eu fiquei perplexa com algumas coisas citadas, mas, enfim... A obra está de parabéns e sua resenha tbm.

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